Modelo de Pet. Impugnação ao Laudo Pericial produzido por perito do INSS.
Ao
Juízo da xx Vara Federal do Juizado Especial cível da Seção Judiciária do
xxxxxxxxxx
Processo
eletrônico de número xxxxxxxxxxxxxxxxxx
XXXXXXXXXXXXXXXXXX, devidamente qualificada nos autos em epígrafe, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio dos advogados e
estagiários do Núcleo de Prática Jurídica do XXXXXXXX, apresentar:
(Peça apresentada por estagiário em
conjunto com seu orientador, para a justiça federal; caráter federal, pois, o
INSS é uma Autarquia Federal vinculada ao Ministério do Trabalho e da
Previdência Social.)
IMPUGNAÇÃO AO
LAUDO MÉDICO PERICIAL
de ID xxxxxxxx (número usado para se
referir a determinado documento dos autos processuais), elaborado pelo Dr.
xxxxxxxxxxxx, inscrito no CRM/DF sob o número xxxxxx, relativo à perícia médica
realizada em xx de xxxxxxx de xxxx, pelas razões de fato e de direito aduzidas
a seguir.
1. SÍNTESE FÁTICA
Trata-se de ação de ação de
restabelecimento de auxílio doença cumulada com conversão em aposentadoria por
invalidez com pedido de tutela de urgência, ajuizada perante o Juizado Especial
Federal em xx/xx/xxxx, em razão de diagnóstico realizado em xx de xxxxxxx de
xxxx, que, refere-se sobre a capacidade ou não de sua atividade laboral, em
decorrência das complicações agravadas no decorrer do tempo, em face de seu
trabalho.
Ocorre que a partir de xxxxx recebe
acompanhamento na rede SARAH em razão de ter apresentado um quadro de dores
crônicas e restrição de mobilidade do pé esquerdo, pé plano valgo associado a
coalisão tarsal e contusão do quadril, o qual piorava ainda mais em virtude do
trabalho exercido por se manter em pé frequentemente.
Diante da sua incapacidade laborativa, em
xxxx, foi feito um Requerimento de Benefício por Incapacidade que atesta o
afastamento por doença (xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx). Por conseguinte, no mesmo
ano, foi reconhecido o benefício do auxílio-doença do Autor, houve a sua
reabilitação, contudo, o INSS não forneceu retorno ao assistido.
Em novo relatório médico de xx/xx/xxxx, o
Dr.xxxxxxxxxxxxxxxx corrobora com exames anteriores e mantém o diagnóstico
clínico do Autor de artrose, pé chato congênito e contusão do quadril. Assim, o
Dr. xxxxxxxxxxxxxxxx sugere o afastamento das atividades laborativas pelo
período de xx dias.
O Autor permaneceu amparado pelo benefício,
visto que ainda se encontra impossibilitado de realizar as condutas condizentes
com a sua profissão de vendedor. Na data de xx/xx/xxxx foi feito Requerimento
de Solicitação de Prorrogação do Auxílio Doença, sendo posteriormente marcada a
perícia médica.
O Comunicado de Decisão de perícia médica
foi em xx/xx/xxxx. Na decisão consta o indeferimento do pedido de Auxílio
Doença em razão da não constatação, em exame realizado pela perícia médica do
INSS, de incapacidade para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual.
Em
relatório médico realizado paralelamente à perícia do INSS, o Dr.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxx evidenciou na data de xx/xx/xxxx que o Autor ainda possui
artrose, pé plano valgo, lesão osteocondral na faceta articular média do talus,
coalizão medial da articulação subtalar e pequenas alterações degenerativas nos
ossos do tarso e na art. metatarso-falangeana do hállux com tenue edema de
partes moles adjacentes. Apesar do tratamento o Dr. xxxxxxxxxxxxxxxxx declara
que não há melhora definitiva e recomenda o afastamento das atividades
laborativas pelo período de 90 dias.
Diante
dos relatórios médicos apresentados e dos fatos narrados, fica evidente a
necessidade do Auxílio Doença, se tornando impraticável para o Autor sustentar
a si e a sua família sem o benefício, pois no estado de saúde em que se
encontra está impossibilitado de exercer a sua profissão. Assim, se faz
necessária a propositura da presente demanda para que o benefício de
auxílio-doença seja concedido.
É o
breve relato.
2. DAS CONCLUSÕES DA
PERÍCIA
Trata-se
de perícia médica para avaliar se o Periciando tem direito ao Benefício
Previdenciário ora requerido. No caso periciado, conforme acima exposto,
segundo a história da doença, sua evolução, relatórios médicos, exames de
imagem e exame físico, conclui-se que é portador de doença que não gera
incapacidade para suas atividades laborais habituais.
3. DA IMPUGNAÇÃO AO LAUDO
O
Laudo ora anexado nos autos, diz, sobre a continuidade do serviço sem prejuízo
para tanto; há que se analisar e avaliar os demais laudos e exames referidos e
anexados pelo autor, pois, ficou constatado a incapacidade física permanente. O
que torna, a incapacidade laborativa definitiva. Comprovadamente em laudo
anexado e exposto a seguir:
RELATÓRIOS
E ATESTADOS.(Pág-xx) Informa:
Paciente
admitido em xxxx. Apresenta dores crônicas e restrição da mobilidade em pé
esquerdo, pé plano valgo, coalizão tarsal. Também refere dor no ombro direito.
Mantemos tratamento conservador com adequação dos calçados e uso de palmilha.
Deve evitar atividades de esforço ou impacto, sendo que apresenta incapacidade
física permanente.
CID
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Médico:
xxxxxxxxxxxxxxx
CRM: xxxxxxxx
Data: xx/xx/xxxx
Informa: recomendo afastamento por 60 dias.
CID xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
1. DOS LAUDOS
MÉDICOS ATUALIZADOS
Recentemente, o autor realizou novos exames
médicos. Em X de dezembro de XXXX, o Dr. XXXXXXX, CRM/DF XXXXX, que, lavrou
laudo médico esclarecendo que a paciente apresenta algia de longa data nos pés,
descreve piora progressiva, em tratamento sem sucesso, onde convém evitar
esforço físico, deambulação e prolongada ortostatismo intenso, ou seja, são
repreensões às suas atividades diárias.
Prescrição para realização de HIDRSTERAPIA,
visando o tratamento do seu joelho e de seu pé, onde estão caratarizados com
lesões que exigem repouso. Assinado pelo Dr.XXXXXXXXXX, CRM -DF XXXX, na data
de XX de fevereiro de 2021.
Ressonancia Magnética onde se constatou alterações
degenarativa na articulação talocalcaneonavicular, mais proeminente no espaço
articular talocalcaneano. Refere-se a uma lesão que necessita de tratamento,
pois, atinge a cartilagem dos membros, levando a uma Artrose, ora objetos da
ressonância. Feitas pelo DR.XXXXXXXXXX CRM-DF XXXXX.
O médico segue e aduz que a autor realiza
tratamento fisioterápico e medicamentoso sem melhora significativa.
Todos esse Laudos exarados, atestam e
comprovam com mérito, a legalidade do pedido, e a necessidade por parte em
detrimento de comprovadamente da enfermidade do autor ser real, de um novo
Laudo Pericial por parte do Instituto INSS.
Assim, resta evidenciada a necessidade de
avaliar o caso concreto com todas as circunstâncias e peculiaridades que lhe
são inerentes, a fim de permitir à autora condições calcadas no Princípio da
Dignidade da Pessoa Humana e em consonância com a Constituição
Federal, com o objetivo de abrandar a já difícil condição em
que se encontra.
2. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, o autor:
1. Impugna o laudo pericial apresentado, no
ponto em que atestou que a incapacidade é nula e inverídica, redigida na
perícia feita pela instituição INSS, a partir das folhas XX À XX dos autos
processuais.
2. Requer um novo laudo pericial em face e
em decorrência do agravamento das dores do impetrante, e quadro gravoso
progressivo, que, o torna incapaz de exercer suas atividades laborais.
JAMIL ANTONIO NETO
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